As chuvas constantes que levaram vários municípios de Mato Grosso do
Sul à situação de emergência desde novembro do ano passado continuam
castigando as regiões sul e de fronteira com o Paraguai. Além dos
estragos nas cidades, na zona rural os maiores transtornos são
enfrentados nas estradas, como ocorre em Amambai, a 360 km de Campo Grande.
A MS-156 e a MS-289, duas rodovias que ligam Amambai a cidades vizinhas
estão tomadas de buracos. Moradores reclamam que as crateras na pista
causam estragos e retardam a viagem, principalmente para deslocamento
até a Capital. A preocupação se agrava com a proximidade da colheita do
milho segunda safra, que começa neste mês.
O trecho de 77 km da MS-156 entre Amambai e Caarapó, que já estava cheio de buracos há seis meses, ficou intransitável com as chuvas ocorridas em maio.
MP cobra providência – São tantos buracos na estrada – principal acesso dos moradores de Amambai e de outras cidades da região à BR-163 – que os promotores de Justiça Luiz Eduardo Sant’Anna Pinheiro e Nara Mendes dos Santos Fernandes cobraram providências do governo do Estado.
O tapa-buraco foi feito por uma empresa contratada pelo Estado, mas com tanta chuva a estrada já está novamente intransitável. Segundo moradores da região, algumas crateras vão de um lado ao outro da pista, pavimentada em 2005.
Coronel Sapucaia – Outra rodovia afetada pela chuva na região de Amambai é a MS-289, que liga ao município de Coronel Sapucaia, já na fronteira com o Paraguai. Existem buracos em quase todo o trecho de 45 quilômetros, mas a situação é mais grave próximo a uma curva, na região da Estância Dez de Maio.
A rodovia esburacada virou pesadelo para os 15 mil habitantes de Coronel Sapucaia, que não possuem outra estrada pavimentada para chegar a cidades maiores, como Amambai, Ponta Porã e Dourados.
Rota de escoamento da produção agropecuária, a rodovia também é usada por paraguaios que moram em Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia. Muitos cidadãos do outro país circulam pelo território de Mato Grosso do Sul para chegar a Pedro Juan Caballero e Salto Del Guairá, dois importantes centros comerciais do Paraguai.
Em dezembro de 2015, a chuva derrubou um aterro e deixou a rodovia interditada. O problema foi resolvido pelo governo do Estado, mas agora os moradores cobram a manutenção do asfalto.
Por meio da assessoria de imprensa, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou hoje (3) que apenas serviços de tapa-buraco estão previstos para essas duas estradas.